quinta-feira, 9 de maio de 2013

Síntese do texto A noção de liberdade no Emílio de Rousseau de Luiz Felipe Netto de Andrade e Silva Sahd



 Na Carta a Philibert Cramer, de 13 de outubro de 1764, Rousseau sugere que a análise atenta de seu pensamento filosófico deve ser empreendida a partir da leitura do Emílio (Rousseau, 1929, p.339). Nesse "romance da natureza humana", Rousseau tem como objetivo principal demonstrar que o homem da natureza, "saindo das mãos do Autor das coisas", difere radicalmente do homem civil, que "nasce, vive e morre na escravidão" (Rousseau, 1969a, p.63). Como se manifesta, pergunta o autor, a liberdade natural do homem? No âmbito físico, ela se identifica com a necessidade natural de movimento, cujos impedimentos à sua satisfação criam obstáculos ao desenvolvimento normal da criança e engendram efeitos físicos nefastos. Nessa perspectiva, pode-se afirmar que uma educação adequada é aquela que respeita a liberdade física da criança (Rousseau, 1969a, p.309)
Se tal é a autêntica manifestação da liberdade, só o homem da natureza pode ser livre, pois tem forças suficientes para satisfazer as suas necessidades.
No indivíduo humano que alcançou o estágio consciente e moral de seu
desenvolvimento, a experiência da falta e do remorso seria, na visão de Rousseau, uma prova irrefutável da liberdade da vontade. Se do ponto de vista da essência, todavia, a liberdade da vontade é absoluta, do ponto de vista da existência, porém, ela não é exercida plenamente e pode mesmo desaparecer. A sociedade cria, assim, necessidades artificiais que Rousseau chama de fantaisie (Rousseau, 1969a, p.312). Querer satisfazer suas necessidades artificiais significa submeter-se inevitavelmente à vontade dos outros. Esta lógica da dependência, alerta Rousseau, é habilmente explorada pelos governos constituídos (Rousseau, 1964a, p.7, nota). Não se trata, aqui, da expressão de sua idiossincrasia, por si mesma relativa, mas da concepção filosófica da liberdade individual de cujo teor não pode desconhecer a originalidade: A liberdade escreve Rousseau na oitava carta das Cartas escritas da Montanha consiste menos em fazer sua vontade do que submeter-se à dos outros; consiste, ainda, em não submeter a vontade de outrem à nossa. Ao longo do Emílio, Rousseau reitera incansavelmente a sua recomendação segundo a qual é preciso respeitar a liberdade da criança e criar à sua volta um clima propício para a sua reprodução. O bem-estar da liberdade compensa muitos machucados.
Esta educação pela liberdade é, ao mesmo tempo, uma educação para a liberdade. Como surge esta diferença de realidade que sugere duas
espécies de dependência? Uma passagem bem conhecida do Livro II do Emílio parece explicá-la: Existem dois tipos de dependência: a das coisas, que é da natureza, e a dos homens, que é da sociedade (Rousseau, 1969a, p.311) .
Esta concepção permite compreender um dos traços particulares da educação do Emílio, é preciso oferecer um aprendizado sobre a necessidade e evitar as influências da opinião dos outros.
Ensinado numa tal atmosfera, o aluno tornar-se-á "paciente, calmo, resignado, tranquilo, mesmo quando não tiver obtido o que queria, pois faz parte da natureza do homem suportar pacientemente a necessidade das coisas, mas não a má vontade do outro" (Rousseau, 1969a, p.320).
Diante desta filosofia da educação que prega o espírito da liberdade e afirma:
Pois, escreve no Contrato Social, "renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem, aos direitos da humanidade" (Rousseau, 1964b, p.356). Eis, na opinião de Jean Starobinski, a mensagem de Rousseau aos homens do século XVIII (Starobinski, 1946-9, p.285). Não é admirável, porém, ver Rousseau fazer a crítica das teorias das origens do político invocando o princípio da liberdade (Bachofen, 2002, pp.228-240).

Síntese: “Pesquisa dos educadores e formação docente voltada para a transformação social” de Kenneth Zeichner e Julio Diniz-Ferreira




Essa glorificação acrítica do conhecimento gerado pela pesquisa-ação desrespeita a contribuição genuína que ela pode trazer para a melhoria da prática profissional e para o bem comum. Neste artigo, defendemos a ideia de que devemos tratar a pesquisa-ação de uma maneira muito mais séria do que acontece nesses casos e reforçar os laços do movimento de pesquisa-ação com as lutas mais amplas por justiça social, econômica e política em todo o mundo.
Adotamos neste artigo o termo “pesquisa-ação” com um significado bastante amplo: uma pesquisa sistemática feita por profissionais sobre as suas próprias práticas. Tem havido muita discussão na literatura especializada sobre o que é e o que não é a “verdadeira” pesquisa-ação; sobre os elementos da espiral  de pesquisa-ação; sobre se ela deve ser colaborativa ou não; se deve ou não envolver facilitadores e avaliadores externos e assim por diante (ver, por exemplo, Elliot, 1991; Kemmis, McTaggart, 1988; McKernan, 1991; McNiff,1988).
Argumentamos que isso pode ocorrer de várias maneiras, tais como: 1. Melhorar a formação profissional e, por conseguinte, propiciar serviços sociais (educação, saúde etc.) de melhor qualidade; 2. Potencializar o controle que esses profissionais passam a exercer sobre o conhecimento ou a teoria que orienta os seus trabalhos; 3. Influenciar as mudanças institucionais nos locais de trabalho desses profissionais (escolas, hospitais, agências de serviço social etc.); 4. Contribuir para que as sociedades tornem-se mais democráticas e mais decentes para todos (ou seja, sua ligação com temas de reprodução ou de transformação social).
Desde as experiências pioneiras de John Eliott na Inglaterra, tem-se defendido a ideia da pesquisa dos educadores como uma das formas disponíveis e, talvez, uma das mais eficientes para a formação profissional. Geralmente se argumenta que os professores tornar-se-ão melhores naquilo que fazem por meio da condução de investigações sobre suas próprias práticas e que a qualidade da aprendizagem de seus alunos será melhor.
Por meio de envolvimento dos profissionais da escola em discussões sobre o significado e a importância das investigações desenvolvidas nas universidades e demais instituições de pesquisa.
·         O acadêmico quando geralmente vai fazer uma pesquisa dentro de uma instituição de ensino, ele precisa colher dados tanto do ser entrevistado como também, alguns relatos de professores que ali lecionam. Pois eles podem ajudar contribuindo com dados e se envolvendo com a forma que podemos chegar para conversar com alguns tipos de alunos o dia ajuda muito,mas que muitas teorias.
Por intermédio do desenvolvimento de projeto de pesquisa em colaboração com os professores nas escolas em que velhos modelo hierárquicos são realmente superado.
·         Neste caso o trabalho fica mais natural, acabando com aquela ideia de quem e mais velho que da a ultima palavra o acadêmico acaba ajudando com sua teoria e praticas de sala de aula e professores com  sabedoria e experiência de vida profissional.
Por meio do apoio a projetos de pesquisa-ação desenvolvidos pelos educadores, levando muito a sério o conhecimento produzido nesse processo.
·         Os projetos de pesquisa-ação e que ajudam para atentar aos problemas enfrentado pois o que mudos falam na fica na realidade de muitos educadores,então precisamos procura varias fontes de informação para chegar em um denominador comum.
“A terceira área na qual a pesquisa-ação educacional pode potencialmente ter um impacto transformador é a escola como instituição. Temos sido testemunhas da falta de sucesso da maioria, senão de todos os projetos que tentam mudar a escola “de cima para baixo”, ignorando o conhecimento daqueles que nela trabalham. A pesquisa-ação tem o potencial de contribuir fundamentalmente para refazer da escola como instituição, melhorando suas relações com a comunidade e promovendo uma educação de alta qualidade para todas as crianças, jovem e adulta. ”(p.72)
Nesse momento muitos tentam criar uma revolução na escola, buscando de varias formas a mudança quando falamos de cima para baixo, isto quer dizer que vários caminhos foram traçados por pesquisadores e até mesmo por educadores e não conseguiram obter um bom resultado. Por isso ainda existe um procura imensa de como será que podemos proceder e quando, dúvida que ainda fica na cabeça de muitos pesquisadores. Mas algumas pesquisa-ação ainda não chegaram a resposta de como tornar a educação  qualificada e deixando nos educadores ficaremos com orgulho de esta nesta área chamada educação e de esta educando os alunos com ensino qualidade  dentro de uma instituição .